Do site Portal da Oftalmologia
Um em cada 10.000 brasileiros pode ser acometido pelo descolamento de retina. Ao menos é o que aponta o Ministério da Saúde sobre um problema bastante grave, chegando a levar o paciente a perda parcial e até total da visão. O alerta maior está na percepção dos sintomas, que normalmente são confundidos com sinais de enxaqueca ou podem ainda nem ser notados. A rapidez no diagnóstico é determinante para o sucesso do tratamento.
Segundo o oftalmologista e retinólogo Sebastião Ferreira Neto, a retina é uma camada muito fina localizada no fundo do olho, e qualquer alteração metabólica ou fisiológica pode afetar a sua estabilidade. Essas alterações podem acontecer por vários fatores, como alta miopia, diabetes, degenerações que levem a microrrupturas, fatores genéticos, idade, traumas e sangramentos. “Nos casos de descolamento de retina, é preciso procurar atendimento médico imediatamente, pois o dano que já foi causado, muitas vezes, se torna permanente. Por isso, o quanto antes for feita a detecção e a intervenção médica para reverter o quadro, menores serão os danos causados à visão. O tratamento é cirúrgico, mas existem vários outros métodos para a correção do problema. Vai depender de cada caso, conforme a avaliação profissional”, explica.
O médico ressalta que ao observar qualquer anormalidade como flashes de luz, corpos flutuantes, cortina cinza movendo-se, perda súbita da visão, deve-se procurar ajuda médica imediatamente. “São sinais sutis, mas que alertam para algum problema. Somente exames clínicos, como o mapeamento do fundo de olho, ou a ecografia para os casos em que não é possível ver a retina, podem confirmar se houve descolamento”.
Existem muitos mitos a respeito do assunto. Fazer atividades físicas com muito esforço, ou mesmo ler dentro de um veículo em movimento são algumas das crenças populares que não procedem. Porém, Sebastião Ferreira explica que alguns movimentos bruscos, mesmo com óculos de proteção, podem provocar um impacto muito forte no interior do olho, causando o descolamento da retina. “É importante lembrar que a prevenção do descolamento é feito com visitas periódicas ao oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano. Somente com exame clínico consegue-se monitorar como anda a saúde dos olhos. Quem já teve o diagnóstico precisa ter cuidado redobrado, principalmente as pessoas que não tiveram o problema causado por algum trauma, pois indica que a pessoa pode apresentar um dos fatores de predisposição para o descolamento de retina”, lembra o oftalmologista.
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