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Foto do escritorInstituto Clóvis Paiva

Detecção precoce facilita tratamento do estrabismo

Do portal: www.medicina.ufmg.br

O estrabismo, que é a falta de alinhamento entre os olhos, atinge de 2 a 4% da população geral e tem maior incidência na infância, quando a visão ainda está se desenvolvendo. A doença é resultado de um desequilíbrio entre os músculos que coordenam os movimentos oculares, o que causa a perda de paralelismo entre os mesmos e resulta numa aparência que pode se tornar um incômodo para os portadores.

Desvio ocular de características marcantes, seja no prejuízo da visão ou naquilo que acarreta psicologicamente, o estrabismo tem origens diversas, desde problemas congênitos até traumas da face e distúrbios endocrinológicos e neurológicos.

Para o professor do departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, Galton Vasconcelos, assim como são variadas as causas da doença, o tratamento também deve ser individualizado e, para que a melhor terapia seja indicada, é necessário um diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, menores os danos visuais e maiores as chances de recuperação”, diz.

Vasconcelos avalia o tratamento como indispensável, pois o estrabismo,além de piorar a qualidade da visão, tem íntima relação com problemas psicossociais, ao criar barreiras para o relacionamento interpessoal e provocar, inclusive, preconceito e dificuldades para conseguir emprego. “O tratamento do estrabismo, seja ele qual for, tem um impacto muito positivo na qualidade de vida. Por outro lado, a negligência da doença pode aumentar ainda mais os problemas de socialização e promover uma perda significativa da visão, como em casos de ambliopia na infância (olho preguiçoso) ou visão dupla no adulto, que são os sintomas mais comuns.”, completa.


Tratamento O controle dos estrabismos pode ser clínico, cirúrgico ou farmacológico. No primeiro caso, as terapias mais comuns são o uso de óculos e a oclusão de um único olho (tampão), com o objetivo de estimular a visão do olho preguiçoso, diminuindo assim as perdas visuais.

O tratamento farmacológico, por sua vez, na maioria das vezes, consiste na aplicação da toxina botulínica no músculo ocular, o que promove o reequilíbrio de força entre os músculos que coordenam o movimento dos olhos.

Já a intervenção cirúrgica consiste numa pequena incisão feita sobre o olho para obter acesso aos músculos oculares, que são reposicionados de acordo com a necessidade. Segundo o oftalmologista, não há restrição de idade para a cirurgia e a intervenção é relativamente simples. “Na grande maioria dos casos a recuperação é tranquila e a cirurgia pode ser indicada para boa parte dos pacientes que necessitem da correção”, reitera.

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