Do site da Sociedade Brasileira de Oftalmologia
Dia 26 de maio é o Dia Nacional de Combate à Cegueira pelo Glaucoma, oficializado através da Leia Federal nº 10456, de 13 de maio de 2002, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da doença, principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, até 2020, 80 milhões de pessoas terão glaucoma. Atualmente estima-se que existam 60 milhões de pessoas com a doença, que, no Brasil, afeta cerca de 2% da população. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia, juntamente com o Lions Clube do Rio de Janeiro e a Abrag-Rio (Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma), promove periodicamente campanhas de prevenção e detecção da doença, medindo a pressão intraocular (fator de risco relevante para o diagnóstico da doença).
Residentes de diversos serviços de oftalmologia na campanha de prevenção do glaucoma realizada em 26/5/2010
Segundo o oftalmologista Giovanni Colombini, da diretoria da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, especialista em glaucoma, a doença é responsável por 12,3% dos casos de perda de visão em adultos. A prevalência aumenta com a idade. É estimada entre 1% e 2% na população geral, chegando a 6% e 7% após os 70 anos de idade. Os principais fatores de risco são: histórico familiar, pressão intraocular elevada, idade acima de 50 anos, diabetes, uso prolongado de corticóides, presença de lesões oculares e descendência negra. Estima-se que no Brasil existam 985 mil pessoas portadoras de glaucoma, embora o número deva ser bem mais elevado, uma vez que cerca de 50% dos portadores ignoram a doença. Caso sejam aceitos os índices da World Glaucoma Association, segundo a qual a doença afeta entre 1% e 2% da população geral,chegando a 6% e 7% após os 70 anos, o Brasil pode ter quase 4 milhões de glaucomatosos.
Pressão intraocular elevada pode provocar danos no nervo óptico, ocasionando o glaucoma
O glaucoma é um dano no nervo óptico com perda de campo visual e pode se desenvolver a partir da pressão intraocular elevada. É uma doença crônica, silenciosa, que não apresenta nenhum sintoma no começo, razão pela qual a pessoa só descobre ser portadora quando a visão já está comprometida. O glaucoma não tem cura mas, na maioria dos casos, pode ser controlada com tratamento adequado. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de evitar a perda da visão. O tratamento clínico inicial é feito com colírios que baixam a pressão intraocular. A terapia com laser é indicada quando o tratamento com colírio não é capaz de conter os níveis elevados de pressão. O procedimento cirúrgico é a última opção de tratamento. Por ser assintomático, o glaucoma é uma doença perigosa. Por isso a Sociedade Brasileira de Oftalmologia recomenda consultas anuais a todos que já têm 40 anos ou mais. Quem tem histórico familiar deve consultar um oftalmologista mais assiduamente.
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