Além do clima seco, existe outro fator que pode ocasionar problema na saúde. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a inversão térmica é um fenômeno atmosférico natural que aumenta a incidência de doenças respiratórias e problemas oftalmológicos. Incômodos como ressecamento, diminuição da lágrima e irritação ocular ocorrem também devido ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades. Com a baixa umidade do ar, a tendência é o uso de lágrimas artificiais para aliviar esses sintomas desconfortáveis, mas a utilização do produto deve ser de forma controlada.
Ainda de acordo com o CBO, as substâncias encontradas no colírio de lágrima artificial auxiliam na hidratação do olho, mas os que possuem conservantes, se aplicados em excesso, podem causar danos às camadas mais externas da córnea e da conjuntiva, além de causar vermelhidão nos olhos, irritação e ardência. A utilização desse produto é restrito a pessoas com alergia aos conservantes do colírio ou aos seus compostos. Em geral, a fórmula apresenta pH semelhante ao da lágrima natural ou é ligeiramente alcalino, ajudando a aumentar o conforto durante as aplicações.
As lágrimas artificiais podem ser encontradas em forma de colírio ou gel. Têm composição diversificada, compostas por água, solução salina, emolientes (glicerol), polissacárides, lípides, gelatinas e outras substâncias. O uso correto do produto combate a baixa lubrificação ocular e previne contra inflamações na córnea (ceratite) e na conjuntiva (conjuntivite), que são problemas causados pela evaporação da lágrima nos períodos em que o clima é mais seco. No entanto, o correto é visitar o oftalmologista – antes de usar qualquer produto – para que ele possa orientar o melhor tratamento.
Com informações da Revista Veja Bem – 7ª edição – do Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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