A exposição excessiva em frente à TV, computador e celular, poluição, medicamentos (anti-histamínicos, anti-hipertensivos e antidepressivos), uso incorreto de lentes de contato, trauma (queimadura térmica e química), doenças reumatológicas e outras doenças do sistema imunológico (Penfigoide, Síndrome de Stevens-Johnson) são algumas causas de uma doença ocular que atinge quase 20 milhões de pessoas no Brasil, a síndrome do olho seco. Acontece quando há uma redução na produção da lágrima ou má qualidade na sua composição.
A lágrima tem a função de lubrificar e nutrir a superfície ocular, colaborando na captação de oxigênio do ar para a córnea, tendo ainda o papel de regenerar lesões nos olhos e proteger da ação de bactérias e partículas de poeira.
Alguns sintomas do olho seco são: ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, queimação, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia. “A maioria dos casos da síndrome do olho seco tem tratamento com uso de colírios de lágrima artificial e outras ações clínicas. Em casos mais graves, quando não há produção de lágrima, pode-se chegar a fazer um transplante da glândula salivar”, afirma o oftalmologista Erika dos Anjos, que atua no Instituto de Olhos Clóvis Paiva.
Cerca de 90% dos casos estão ligados à redução natural da produção de lágrimas como consequência do envelhecimento. Aos 65 anos, uma pessoa produz 60% menos lágrimas do que aos 18. A prevalência é maior no sexo feminino e o problema é agravado na menopausa devido às mudanças hormonais.
Nos casos diagnosticados com a síndrome do olho seco, alguns cuidados devem ser observados. Caso contrário, a córnea e a conjuntiva podem ser danificadas:
Evite apertar e coçar os olhos;
Evite vento direto no rosto;
Quando estiver na rua, proteja os olhos com óculos;
Use lágrimas artificiais e colírios com prescrição médica;
Evite ficar muito tempo em ambiente com ar condicionado.
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