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Foto do escritorInstituto Clóvis Paiva

Sedentarismo e muito computador também causam doença


Fonte: Folha Online

O sedentarismo, aliado ao uso prolongado de computadores e videogames, também pode trazer complicações ortopédicas e reumatológicas semelhantes a distúrbios adultos como LER/Dort (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomoleculares relacionados ao trabalho). Clóvis Artur Almeida da Silva, então responsável pela reumatologia pediátrica do Departamento de Pediatria da USP, orientou uma tese sobre esse tema.

O estudo aplicou um questionário e realizou exames físicos em 833 alunos de dez a 18 anos de um colégio particular de São Paulo. Dores nos músculos e nos ossos foram relatadas por 41% — destes, 11% mencionaram que as suas dores eram desencadeadas pelo uso do computador. Oito alunos foram diagnosticados com síndrome miofacial (dor em um ponto específico da coluna) e cinco com tendinite.

São os efeitos das muitas horas em frente à tela que sente Rodrigo Segato Rizzo, 13. Ele joga videogame desde os três anos e sente dores nas costas, na mão e no joelho desde os oito.

“Chego a ficar oito horas seguidas entre o Playstation e o computador”, diz o adolescente, que faz natação por recomendação médica.

Herança genética

Se os olhos do bebê tem aparência azulada ou esbranquiçada, é bom ficar alerta. O sinal pode ser indício de glaucoma. Transmitido por herança genética, o mal atinge um em cada 100 mil nascidos. Mas pode igualmente ser provocado por abuso de corticóides ou ser consequência de um nascimento prematuro ou de uma rubéola.

“Não há estatística final sobre a probabilidade de incidência em crianças, mas o fato é que acontece e pode levar a cegueira caso não seja tratado adequadamente”, esclarece Regina Cele Silveira, chefe do Setor de Glaucoma Congênito da Universidade de São Paulo.

Não é o caso de Alyne Perricci da Silva, 12. “A mãe dela tem a doença, então sabíamos da possibilidade. Descobrimos cedo, e ela começou a fazer o tratamento aos três meses”, conta o pai, Valdir Ferreira da Silva, 47.

“A chatice é ter de lembrar do colírio sempre, mas já me acostumei. Fora isso, não me incomoda. Enxergo normalmente e não sinto nada. Faço tudo, adoro escrever, já tenho até dois livros escritos”, conta Alyne.

Outro problema relacionado a herança genética são as cardiopatias. Tahuana Vitória Nunes da Silva tem apenas três anos e já passou por três cirurgias de coração. Ela é cardiopata devido a uma má formação congênita. Com apenas um ventrículo, seu coração é a metade de um órgão normal. “Ela nasceu no Incor, com uma equipe de cirurgiões do lado”, conta a mãe, Gisleine de Souza Nunes, 30.

Médica da Ecokid, empresa que faz somente ecocardiogramas fetais e infantis, Lilian Lopes aponta que a notícia da moléstia, geralmente diagnosticada durante a gravidez, tende a ser um “balde de água fria nos pais”. “O melhor, entretanto, é ajudar a criança a ter uma vida normal. Ela sempre vai ser cardiopata e ter limitações físicas. Mas, nas famílias em que a  situação vira uma paranóia, é comum até que os irmãos desenvolvam outras doenças, como obesidade ou asma, para disputar a atenção.”

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