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A importância do exame oftalmológico na infância

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 7,5 milhões de crianças em idade escolar sejam portadoras de algum tipo de deficiência visual e apenas 25% delas apresentem sintomas. Os outros 75% necessitariam de teste específico para identificar o problema. A maior parte desses casos de deficiência visual é encontrado em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Números publicados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que, no Brasil, aproximadamente 20% dos escolares apresentam alguma alteração oftalmológica. Segundo o CBO, 10% dos alunos primários necessitam de correção com óculos por serem portadores de erros de refração: hipermetropia, miopia e astigmatismo. Destes, aproximadamente 5% têm redução grave de acuidade visual.

As principais causas de baixa visão em criancas registradas na literatura são a catarata congênita e os erros de refracão, também chamados de ametropias (hipermetropia, astigmatismo e miopia). Em ambos os casos, o tratamento adequado com óculos e/ou cirurgia no tempo adequado é capaz de melhorar a visão.

Dentre as ametropias, a hipermetropia é mais frequente, seguida pelo astigmatismo e miopia. “As criancas com problemas oftalmológicos podem apresentar olhos vermelhos e coçando, lacrimejamento, dores de cabeça, piscar constante, reflexo branco nos olhos, entre outros sinais e sintomas”, explica a oftalmologista Érika Anjos, que integra a equipe médica do Instituto de Olhos Clóvis Paiva, que funciona no bairro da Boa Vista, no Recife.

A capacidade visual desenvolvida nos primeiros anos de vida pode apresentar alterações reversíveis, geralmente durante os primeiros anos escolares. Após esse período, uma boa parte das criancas pode ter alteracões irreversiveis da visão. “O reconhecimento da baixa visão na infância é muito importante, porque na maior parte das vezes ela pode ser corrigida com terapêutica adequada, como cirurgia ou uso de óculos”, afirma a médica.

A ausência total ou parcial da visão na infância pode interferir no desenvolvimento psicomotor, cognitivo, social e na aquisição da linguagem da criança, que, por sua vez, são aspectos fundamentais para o processo de independência do indivíduo

A redução da capacidade visual leva à piora da qualidade de vida decorrente de restrições ocupacionais, econômicas, sociais e psicológicas. Além das dificuldades pessoais, representa também para a sociedade um encargo oneroso e perda de força de trabalho.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) sugere que um exame ocular completo seja realizado pelo ofatlmologista a cada seis meses durante os dois primeiros anos de idade e, depois disso, anualmente até os 7-9 anos de idade.

Considerando a importância da visão na educação e socialização da criança, as ações de promoção da saúde e de educação em saúde assumem importância decisiva. A prevenção e a detecção precoce de deficiências oculares são os melhores recursos para combate à visão subnormal e devem ser feitas, preferencialmente, na infância.

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