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A Importância do Teste do Olhinho

Os cuidados com os olhos das crianças devem começar cedo e prosseguir com visitas regulares ao oftalmologista nos primeiros anos de vida, mesmo que não apresente qualquer sinal de anormalidade. Se houver algum problema, a ida ao especialista é indispensável e inadiável, ou seja, não há razão para esperar a criança ficar mais velha ou começar a estudar para corrigir alguns desses casos, como estrabismo ou erros de refração, por exemplo.

O primeiro cuidado com os olhos da criança é, normalmente, o Teste do Olhinho. A sistemática para triagem dos problemas oftalmológicos em recém-nascidos é o “Teste do Reflexo Vermelho”, popularmente chamado de “Teste do Olhinho”, que deve ser realizado pelo pediatra neonatologista ou a equipe de enfermagem do berçário já no primeiro exame das 12h de vida do recém-nascido, e caso seja detectada alguma anormalidade nos olhos do bebê, deverá ser encaminhado para exame oftalmológico.

Ao contrário do “Teste do Pezinho”, que é bastante conhecido nacionalmente, até por ser obrigatório, os testes da “Orelhinha” e do “Olhinho” são menos difundidos entre os pais. O Instituto Clóvis Paiva é uma clínica de olhos do Recife que realiza esse procedimento quando não realizado na maternidade ou por uma demanda dos pais, que querem reforçar os cuidados.

Trata-se de um teste de fácil execução, é indolor, não precisa de colírio e depende apenas de treinamento da equipe que faz o primeiro exame do recém-nascido. Para fazê-lo, é usada uma lanterninha ou a luz que sai do oftalmoscópio (aparelho de fazer exame de fundo de olho), e observa-se o reflexo que vem das pupilas ao serem iluminadas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo, dando aquele reflexo avermelhado, que às vezes aparece nas fotos.

O teste do reflexo vermelho em recém-nascidos é uma forma de avaliação visual, permitindo a identificação precoce de leucocoria (pupila branca) que ocorre em casos de catarata congênita, retinoblastoma (tumor da retina) e retinopatia da prematuridade. No Teste do Olhinho, observa-se a simetria do reflexo vermelho, pois se não for simétrico indica problema em um dos olhos. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo normal, ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo. Essas alterações atingem cerca de 3% dos bebês em todo o mundo.

Os prematuros que nascem com peso abaixo de dois quilos devem, obrigatoriamente, realizar um exame de fundo de olho com oftalmologista pediátrico ainda no berçário, com quatro semanas de vida. A seguir, devem fazer uma consulta a cada quatro semanas até atingirem 33 semanas de vida, de modo que afaste o risco da retinopatia da prematuridade, principal causa da cegueira infantil na América Latina. Nos prematuros com muito baixo peso, a retina ainda está imatura ao nascer e o risco de desenvolver retinopatia da prematuridade só vai diminuir se, com 33 semanas de vida, o recém-nascido estiver normal nesse exame de fundoscopia com oftalmoscópio indireto realizado pelo especialista. Pode ocorrer de uma criança ter alta do hospital antes dessas 33 semanas de vida e os pais não são orientados, ou esquecem, e a retinopatia desenvolve-se depois que saiu do hospital. Por isso, é muito importante alertar os pais desse problema e ter certeza que irão procurar o oftalmologista até que a criança receba alta médica, ou trate se houver indícios do início da doença.

Fonte: CBO

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