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Foto do escritorInstituto Clóvis Paiva

Check-up dos olhos

O check-up na visão é uma avaliação clínica oftalmológica que permite – por meio de exames, como fundo de olho e aferição da pressão ocular – analisar as condições visuais do paciente, diagnosticando possíveis doenças em fase assintomática – que não exibem sintomas – e prevenindo problemas oculares graves. Independente da faixa etária, os cuidados são importantes para proteger a visão, e, por isso, é fundamental a visita periódica ao oftalmologista. “É preciso ficar atento a qualquer incômodo nos olhos, pois problemas específicos podem ocorrer em cada fase da vida. A melhor medida preventiva é fazer o acompanhamento anualmente”, afirma o oftalmologista Luis Fernando Paiva, do Instituto Clovis Paiva (IOCP), localizado na Boa Vista, Centro do Recife.

Os primeiros cuidados devem ocorrer já na gestação. A mãe deve se prevenir por meio de vacinas contra doenças como a toxoplasmose, doença que pode causar cegueira e problemas neurológicos na criança. “Assim que nasce, ainda na maternidade, é realizada a primeira avaliação oftalmológica, por meio do teste do olhinho, capaz de detectar, entre outros problemas, catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma”, explica Paiva. “Caso o bebê apresente lacrimejamento constante, pálpebras inchadas, secreção purulenta, olho vermelho, estrabismo, pupila esbranquiçada e assimetria entre o tamanho dos globos oculares, uma segunda avaliação deve ser realizada o mais breve possível”, completa.

Problemas de refração podem surgir com o início da vida escolar, durante a infância, quando a visão atinge a maturidade aos cinco anos. De acordo com o oftalmologista do IOCP, algumas crianças podem apresentam problemas como estrabismo, ambliopia (olho preguiçoso) e ptose (pálpebra caída) nessa fase: “Esses problemas podem ser reversíveis se tratados precocemente. Além disso, com o início do período letivo, as doenças na vista influenciam no aprendizado da criança, causando baixo rendimento”. Conhecidos como grau, os erros refrativos são a causa mais comum de deficiência visual na infância; nestes se incluem a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo – segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Na pré-adolescência e antes da fase adulta, entre os 13 e 20 anos, as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento de ceratocone. Ainda de acordo com o CBO, a doença atinge uma a cada duas mil pessoas e provoca irregularidade da córnea, problema que também vem do hábito de coçar excessivamente os olhos. “O uso em excesso de aparelhos eletrônicos é muito comum nessa fase e pode causar danos à visão, como a Síndrome da Visão do Computador (CVS) e o agravamento da miopia e da hipermetropia”, explica o especialista. Dor de cabeça, olhos vermelhos ou secos, coceira e problemas de foco de imagem após estudar, assistir à televisão ou usar o computador podem ser sintomas de doenças na visão.

Por volta dos 40 anos, é muito comum o aparecimento da presbiopia, também conhecida como vista cansada, que provoca a perda da capacidade de focar objetos de perto. “Com o avanço do tempo, as estruturas dos nossos olhos também envelhecem e, com isso, podem aparecer alterações visuais. O esforço intenso, dor de cabeça, sonolência e falta de concentração são alguns dos sintomas que podem surgir, principalmente na terceira idade. É preciso fazer o acompanhamento, pois o diagnóstico antecipado favorece a possibilidade de cura e preserva a saúde ocular”, afirma o oftalmologista Luis Fernando Paiva. 

Informações da Revista Veja Bem, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) 

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