A conjuntivite neonatal é uma infecção que envolve a pálpebra e a parte visível do olho do bebê. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), essa doença pode produzir pequenas ou grandes quantidades de pus no recém-nascido, geralmente infectado durante o nascimento, ao atravessar o canal de parto, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. Organismos que provocam o problema são as bactérias que vivem na vagina como a clamídia, causa mais frequente de conjuntivite neonatal; o pneumococo, a bactéria da meningite Haemophilus influenzae e da gonorreia Neisseria gonorrhoeae.
Tipos de conjuntivite neonatal
Existem três tipos de conjuntivite neonatal. A química, cujos sintomas aparecem horas após a instilação do colírio de nitrato de prata, ocasiona olho vermelho, sem secreção. A gonocócica, que ocorre geralmente no terceiro dia após o nascimento com quadro de secreção abundante, olhos vermelhos e vermelhidão das pálpebras. E a conjuntivite de inclusão, que ocorre a partir do sétimo dia após o nascimento, com reação papilar na conjuntiva – membrana mucosa presente nos olhos que reveste a parte interna da pálpebra e a superfície exposta da córnea – e discreta secreção das pálpebras.
Prevenção
Ainda de acordo com o CBO, o índice de transmissão da mãe infectada para o recém-nascido é de 30% a 50%. O diagnóstico pode ser feito pelo oftalmologista. Se houver secreção, pode ser feito o exame laboratorial e o uso do corante em células da conjuntiva, que permite o reconhecimento da bactéria clamídia. Uma medida muito utilizada no parto vaginal é o uso do colírio de Iodopovidona 2,5%, ativo contra os principais agentes bacterianos da conjuntivite neonatal. O pré-natal e os cuidados com a higiene da mãe são fundamentais para a prevenção da conjuntivite neonatal.
Com informações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia – Revista Veja Bem Nº 8
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