As lentes de contato, normalmente, são colocadas sobre a córnea com objetivo de corrigir defeitos de refração como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o uso serve para proporcionar mais praticidade na realização de algumas atividades que seriam limitadas pelo uso dos óculos, como exercícios físicos e esportivos, mas nem sempre esse é o foco do paciente. Elas também são usadas com finalidade estética, para modificar a cor dos olhos, por exemplo.
As próteses rígidas, consideradas mais duráveis e fáceis de limpar, podem corrigir praticamente todos os tipos de grau e permitem o uso da maioria dos colírios. Mas, segundo o oftalmologista Luís Fernando Paiva, do Instituto de Olhos Clovis Paiva, localizado no centro do Recife, existem alguns pontos negativos para este tipo de lente. “O desconforto na fase da adaptação e a maior facilidade de se deslocar são comuns durante o uso”, justifica. As gelatinosas, devido à característica do material, são confortáveis desde a adaptação e raramente se deslocam. No entanto, elas podem proporcionar uma visão mais borrada. “A limpeza deve ser feita com disciplina, pois essas lentes são mais vulneráveis a contaminações e infecções”, completa.
Seja qual for a finalidade do uso das lentes, a higiene e a informação são importantes para evitar problemas graves na visão. Ainda segundo o CBO, a falta de cuidado pode provocar úlcera de córnea, conjuntivite alérgica, irritação e cegueira. O uso prolongado das lentes de contato deve ser evitado, assim como a utilização sem orientação de um oftalmologista. Por ser um objeto estranho em contato com os olhos, o acompanhamento médico constante é necessário, desde a fase de adaptação até à recomendação do tipo de lente específico para cada situação.
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