Tontura, náuseas, percepção de luzes em formato de zigue-zague, perda de metade do campo de visão e dor de cabeça são sintomas da enxaqueca oftálmica, responsável pela alteração da visão. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os principais sinais são flashes luminosos ou linhas coloridas, que compõe a chamada aura visual (sensações que não correspondem à realidade externa). “Em alguns casos, a enxaqueca oftálmica tem como causa alterações da musculatura do olho, o que favorece a fadiga ocular. Em situações como essa, recomendamos exercícios ortópticos, utilizados para estimular a função dos músculos oculares”, explica o oftalmologista Luís Fernando Dourado Paiva, do Instituto de Olhos Clóvis Paiva (IOCP), localizado no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Ele reforça também que os pacientes com o problema podem não sentir todos os sintomas quando estão na crise.
“Há quem perceba os flashes de luzes e tontura, embora não chegue a perder parte do campo visual. De qualquer maneira, esse quadro é transitório, dura pouco tempo, mas incomoda muito”, diz o oftalmologista. O uso de medicação nessa primeira fase, quando aparecem os distúrbios visuais, é importante para evitar a cefaleia (dor de cabeça intensa). No entanto, o remédio é apenas sintomático – ou seja – livra a crise, mas não impede novas enxaquecas. “Esforço visual intenso e estresse também podem ser fatores desencadeantes da enxaqueca oftálmica”, complementa Luís. O paciente que for à consulta por causa dos sinais deve passar por exames de fundo de olho e outros complementares. Em alguns casos, ele é encaminhado ao neurologista para encontrar outras causas e indicar melhores caminhos para o tratamento.
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