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Estrabismo ocular

Foto do escritor: Instituto Clóvis PaivaInstituto Clóvis Paiva

Estrabismo é o desalinhamento dos olhos, quando eles perdem o paralelismo. Enquanto um dos olhos permanece direcionado para a frente, o outro fica em outra direção. Segundo o oftalmologista Luís Fernando Paiva, do Instituto de Olhos Clovis Paiva, localizado na Boa Vista, Centro do Recife, não existe uma causa específica para o problema. “Sabemos que o paciente nasce com o distúrbio ou com uma predisposição genética ao desvio. A pessoa começa a desenvolver o estrabismo com o passar do tempo. Muitos não apresentam sintomas, dependendo da idade. Porém, alguns podem apresentar cefaléia, diplopia (visão dupla), dificuldade para ler, lacrimejamento e dor ocular”, explica.

Existem vários tipos de estrabismo, como a esotropia ou desvio convergente (desvio dos olhos para dentro), a exotropia ou desvio divergente (desvio dos olhos para fora) e os desvios verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro). Ainda segundo o oftalmologista, esse problema aparece durante a infância: “Nessa fase da vida começamos a observar algum grau de desvio entre os olhos. Existem outros casos de estrabismo, chamados de secundários, mas eles acontecem na fase adulta em decorrência de problemas de saúde, como o traumatismo craniano, diabetes, problemas vasculares e tumores cerebrais”, afirma.

A família, a professora na escola e até o pediatra podem perceber o desvio ocular. Em caso de suspeita na alteração do paralelismo dos olhos, a criança deve ser encaminhada para um exame oftalmológico. “Existem situações em que o paciente acredita ter um desvio, mas na verdade é apenas uma impressão. Apenas o oftalmologista tem a condição de constatar o estrabismo”, afirma Luis.

O tratamento do estrabismo, quando diagnosticado na infância, é realizado através do oclusor, também chamado de tampão ocular. Essa técnica é utilizada para estimular os olhos, corrigindo a posição do globo ocular. “A fase principal de tratamento acontece até os sete anos. Dificilmente, depois dessa idade, conseguimos um resultado eficaz”, esclarece o oftalmologista.  “Quando a criança apresenta esse distúrbio, o olho passa a não receber o estímulo visual. Caso não seja tratado, mais para frente, ele pode apresentar uma visão defasada. Mesmo com procedimentos clínicos ou uso de óculos, esse problema pode não ser corrigido”, completa.

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