Responsáveis por diversas doenças no mundo moderno, o estresse e a insônia também contribuem para o surgimento de problemas nos olhos. Ardência, dor de cabeça, dificuldade em focar objetos, sensação de cansaço e visão turva são alguns sintomas da fadiga ocular, decorrente do esforço intenso na visão. “A luz é responsável por regular todas as funções biológicas durante o dia, principalmente ao enxergar. O sono é vital à saúde e fundamental para evitar o estresse nos olhos. Óculos de grau desatualizados e uso intensivo do computador são fatores agravantes”, explica a oftalmologista José de Barros Lima Filho, do Instituto de Olhos Clovis Paiva, na Boa Vista, Centro do Recife.
Ao focalizar um objeto ou algo a curtas distâncias, o olho faz ajustes imperceptíveis e incontroláveis para obter o foco. “Esses ajustes são chamados de microflutuações da acomodação visual e são realizados pelas contrações de um músculo dentro do olho”, explica o oftalmologista. “Como todo músculo, esse esforço contínuo provoca o estresse excessivo e ao cansaço, sendo mais difícil focar com exatidão nos objetos, ocorrendo os sintomas da fadiga ocular”, completa. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o hábito de dormir menos de 6 a 8 horas diárias aumenta o risco de alterações vasculares na retina que podem causar problemas visuais ou até perda definitiva da visão.
Ainda de acordo com o CBO, diversas pesquisas revelam uma correlação entre a falta de sono e o aparecimento da obesidade, diabetes e doenças cardíacas, importantes fatores relacionados às degenerações nos vasinhos do fundo do olho. Além disso, os distúrbios do sono comprometem a imunidade e, portanto, a capacidade do nosso organismo combater infecções e ter reações equilibradas às agressões externas, facilitando assim as chances de contrair conjuntivites, especialmente no frio e períodos de estiagem prolongada.
Fonte: Revista Veja Bem – 2015
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