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Foto do escritorInstituto Clóvis Paiva

Hipermetropia na infância

Bebês e crianças podem apresentar algum erro refrativo. O caso mais constante é a hipermetropia, um erro de refração caracterizado pelo modo em que o olho, menor do que o normal, foca a imagem atrás da retina, fazendo com que a visão de longe seja melhor do que a de perto. A hipermetropia na infância acontece devido a uma alteração no formato da córnea ou do cristalino que se alonga conforme a evolução do corpo. Entretanto, durante o crescimento, essa anomalia pode ser convertida para emetropia (visão normal). Por isso, a hipermetropia é mais comum na infância e tende a diminuir na adolescência ou em fases mais adiantadas da vida.

Alguns fatores que podem influenciar a incidência de hipermetropia em crianças, como o ambiente, a etnia e, principalmente, a genética. As formas leves e moderadas, com até seis grau de refração, são passadas de geração para geração (autossômica dominante). Já a hipermetropia elevada é herdada dos pais (autossômica recessiva). É importante identificar, prematuramente, o comportamento hipermetrope da criança, caso contrário, esse problema pode afetar a rotina visual e funcional delas. A falta de correção da hipermetropia pode dificultar o processo de aprendizado, e ainda pode reduzir, ou limitar, o desenvolvimento nas atividades da criança.

Os sintomas relacionados à hipermetropia, além da dificuldade de enxergar de perto, variam entre dores de cabeça, fadiga ocular e dificuldade de concentração em leitura. A melhor maneira de detectar a hipermetropia é fazendo um exame de refração com a ajuda do autorefrator ou da retinoscopia. O tratamento utilizado para corrigir este tipo de anomalia é realizado através da cirurgia refrativa. O uso de óculos (com lentes esféricas) ou de lentes de contato corretivas é considerado método convencional, que pode solucionar o problema visual do hipermetrope.

Existem hipermetropias que não afetam a acuidade visual do paciente. No caso de adolescentes, é normal apresentar graus moderados da doença, pois esta condição não desenvolve os sintomas característicos da anomalia. Se a visão do hipermetrope estiver elevada e a acomodação no olho for insuficiente, sintomas como vista embaçada, olho preguiçoso e até mesmo de estrabismo podem acusar hipermetropia. Fadiga visual, acompanhada de dores de cabeça, dores nos intercílios e ardor nos olhos são sintomas característicos devido ao esforço visual excessivo em atividades realizadas com aparelhos eletrônicos, tais como TV, tablet, celular e computador.

Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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