É sempre importante falar sobre glaucoma para conscientizar a sociedade sobre a necessidade do diagnóstico precoce desta doença ocular silenciosa, influenciada principalmente pela elevação da pressão intraocular (PIO), que provoca lesão no nervo óptico e, como consequência, comprometimento visual. Quando não tratado, pode levar à cegueira. Estima-se que haverá cerca de 80 milhões de pessoas com glaucoma no mundo em 2020.
Na medicina e, particularmente, na oftalmologia, há novidades cirúrgicas, o que leva a discutir mais a opção cirúrgica do tratamento do glaucoma, seu melhor momento de indicação e estadiamento da doença. A tecnologia traz esperança de melhorar a avaliação do campo visual dos pacientes com maior facilidade na realização do exame, com a utilização da realidade virtual, por exemplo.
A doença tem uma data dedicada, mas durante todo o ano o paciente deve estar atento à visita ao médico para avaliar se tem glaucoma e, se tiver, como tratar. No Brasil, estima-se que cerca de 2% a 3% de prevalência de glaucoma na população.
O principal fator de risco para glaucoma é o aumento da pressão intraocular (PIO). É um fator de risco, ou seja, é possível ter PIO alta e não ter glaucoma no momento daquele diagnóstico. Entretanto, há glaucoma mesmo com a PIO dentro da normalidade populacional. Além deste, o histórico familiar de glaucoma é muito relevante, pois aumenta a chance de um indivíduo ter glaucoma em 6 a 10 vezes quando se tem um parente de primeiro grau com glaucoma. Outros fatores incluem, por exemplo, a raça negra, miopia e idade avançada.
O exame do nervo óptico determina o diagnóstico do glaucoma. A conclusão de que há neuropatia glaucomatosa pode ser feita pela avaliação do fundo-do-olho, por métodos de imagem, como retinografia e tomografia de coerência óptica, e por métodos que avaliam o funcionamento do nervo, como a perimetria.
As maiores dificuldades para a falta de diagnóstico e também para o controle adequado da doença na população está na conscientizacão sobre a doença. O diagnóstico muitas vezes é tardio, outras vezes o diagnóstico é negligenciado por falta de compreensão de que o glaucoma é uma doença assintomática que progride e é irreversível. O glaucoma não tem cura. Portanto, quanto mais precoce é feito o diagnóstico e quanto melhor é o seguimento, maior a chance de evitar a cegueira.
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