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Foto do escritorInstituto Clóvis Paiva

Os cinco mitos sobre a catarata

Uma das principais doenças causadoras de cegueira no mundo, a catarata é uma alteração ocular que torna o cristalino opaco. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a patologia é responsável por 51% dos casos de perda da visão no planeta. No Brasil, estima-se que existam dois milhões de portadores. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia alerta que cerca de 550 mil novos casos surgem anualmente. Embora seja uma condição passível de correção com cirurgia, muitos pacientes têm receio de buscar o tratamento adequado, sobretudo os idosos, em função de fatores como a desinformação, falta de recursos financeiros, entre outros.

Há alguns mitos envolvendo a catarata. Um deles é que acomete apenas idosos. Embora o tipo senil seja o mais comum, que ocorre com o envelhecimento natural do cristalino, a lente natural do olho, há casos de bebês que já nascem com o tipo congênito, uma forma rara da doença. Há, ainda, pessoas que desenvolvem a catarata por causas secundárias como diabetes, uso crônico de corticoide, doenças metabólicas, trauma e exposição excessiva aos raios ultravioletas.

Apesar da incidência da doença, a boa notícia é que ela é tratável e pode ser corrigida cirurgicamente, devolvendo a visão aos pacientes, se não houver outros problemas associados. Para quem tem a catarata, a visão nublada dificulta a realização de atividades cotidianas como ler, dirigir o carro, pegar um transporte público ou simplesmente andar na rua. É uma condição que compromete a empregabilidade e a qualidade de vida.

Veja os cinco principais mitos sobre a doença:

1 – É preciso esperar “amadurecer” a catarata para realizar a cirurgia

MITO

O procedimento cirúrgico é indicado sempre que a doença interferir no cotidiano de qualquer pessoa. A cirurgia da catarata já foi mais complexa, porque envolvia internação, anestesia geral e um pós-operatório restritivo. A tecnologia tornou o procedimento muito mais seguro para os pacientes e hoje eles já saem no mesmo dia da clínica ou hospital.

2 – Diabetes não é um fator de risco

MITO

Diabetes é uma doença silenciosa que, se não for controlada, compromete diferentes órgãos, incluindo o olho. Há diversas pesquisas e estudos alertando sobre a incidência da catarata em pacientes diabéticos, principalmente pelos altos níveis glicêmicos no sangue.

3 – Colírios podem curar a catarata

MITO

O tratamento da catarata só é possível por meio da cirurgia. Com uso de anestesia tópica é feito uma incisão de dois milímetros no olho para aspirar o conteúdo da catarata no cristalino. Em seguida, é implantada uma lente intraocular atrás da íris (parte colorida dos olhos). Esta prótese restabelece a visão dos pacientes, podendo ter um grau específico para cada um, permitindo enxergar bem sem o uso dos óculos. Além disso, diferente da prótese de coração ou quadril – que deixam algum tipo de limitação, ela é a única dentro da medicina, que restabelece a função.

4 – Apenas idosos são afetados

MITO

A catarata senil faz parte do envelhecimento comum da população. Ela é uma realidade e um dia todos teremos que fazer a operação corretiva. Existem, no entanto, outros tipos de catarata, como a congênita que se manifesta na infância ou por causas secundárias.

5 – A catarata pode voltar após a cirurgia

MITO

A catarata é curável. Uma vez substituído o cristalino por uma lente intraocular, a doença não retornará. O que pode ocorrer é um processo de opacidade da cápsula posterior em que se coloca a prótese. Para resolver essa situação é recomendado realizar uma espécie de polimento da lente à laser, procedimento realizado no ambulatório, de forma rápida e indolor.

Com informações da Revista Universo Visual e do CBO

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