O surgimento de doenças provocadas pelo passar dos anos pode ser retardado com a prevenção, mas alguns males típicos da idade, como, por exemplo, a presbiopia ou a popular vista cansada, são inevitáveis. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o indivíduo começa a envelhecer aos 25 anos, e é quando o corpo apresenta as primeiras alterações, principalmente na visão. Segundo o CBO, os jovens têm mais facilidade para focar objetos que estejam perto ou distante. No entanto, essa habilidade tende a diminuir e a perda da capacidade visual de obter o foco ocorre em todas as pessoas, algo previsto pelos oftalmologistas.
A lente interna do olho, também chamada de cristalino, é movida por um músculo com objetivo de focar os objetos para perto e para longe (acomodação). O cristalino cresce durante toda a vida e, após os 40 anos, atinge níveis que impedem a completa acomodação, estabelecendo a presbiopia, um distúrbio na visão também conhecido como a vista cansada. Segundo o oftalmologista José de Barros, do Instituto de Olhos Clovis Paiva, localizado no centro do Recife, esse processo avança lentamente e atinge o maior grau por volta dos 55 anos. “Sensação de cansaço na vista, coceira nos olhos, dificuldade de nitidez nas imagens e lacrimejamento são as principais queixas dos pacientes”, explica.
A presbiopia é diagnosticada em um exame de vista completo, que testa a acuidade visual do paciente, poder refrativo (habilidade de adaptar-se a mudanças de foco de visão), as condições dos músculos dos olhos e da retina. Por meio da consulta com o oftalmologista, o paciente recebe a melhor indicação de tratamento para cada caso específico. A correção pode ocorrer com o uso de óculos, por meio de lentes monofocais (para perto) ou multifocais (perto, meia distância e longe), lente de contato ou implante intraocular.
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