Do portal: www.drvisao.com.br
O diagnóstico de doenças oculares na infância é muito difícil, pois é preciso que pais e professores observem qualquer queixa da criança. Para evitar que doenças graves se desenvolvam o ideal é realizar a primeira consulta até os três anos de idade e a segunda visita, entre cinco e seis anos.
De acordo com Erika Silvino Rodrigues, oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, a avaliação inicial é feita logo após o nascimento, o chamado ‘teste do olhinho’. Com ele, é possível ver se há algum obstáculo ou alguma opacidade que impeça a entrada de luz no olho. O teste do olhinho pode identificar problemas como catarata congênita, cicatriz na córnea e até mesmo tumores.
“Crianças prematuras com peso inferior a 1500g ou que necessitaram de oxigênio após o nascimento e filhos de mães que tiveram problemas de infecção durante a gestação, precisam fazer exame detalhado da retina – mapeamento de retina – pois há risco de comprometimento da visão durante a formação”, explica a especialista.
Como identificar os problemas nos pequenos?
Até os seis meses, é comum o olhinho da criança tremer esporadicamente, assim como entortar. Isso porque, nessa idade, a criança não tem a musculatura do olho bem desenvolvida. “No entanto, se o tremor for constante ou olhinho ficar sempre torto, os pais devem procurar um especialista.”
Além disso, dores de cabeça, vermelhidão nos olhos e o ato de franzir a testa podem ser outros sintomas para sinalizar anormalidades na visão de crianças. Cerca de 10% delas com menos de quatro anos necessitam de óculos. De acordo com dados recentes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o número chega a 20% entre crianças até 10 anos e 30% para o grupo de adolescentes.
Ainda de acordo com a oftalmologista, a falta de interesse dos pequenos por algumas atividades pode ser sinal de algum distúrbio visual. Ao detectar esses sintomas, é possível evitar problemas no desempenho escolar da criança.
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