As pessoas enxergam com precisão, na maioria das vezes, o ambiente a sua volta em relação ao próprio corpo por causa da percepção gerada pela visão binocular, ou seja, pelos dois olhos. No entanto, o indivíduo pode perder essa capacidade nos casos em que apenas um olho funciona, e é justamente quando ocorre a visão monocular. Além da profundidade limitada, o problema também diminui o campo de visão. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), as causas mais comuns são traumas, glaucoma, tumores e doenças congênitas como a toxoplasmose.
A visão monocular pode provocar dificuldades de coordenação motora, gerando colisão em objetos ou pessoas, dificuldade para subir e descer escadas, cruzar ruas, praticar esportes e principalmente dirigir. Ainda de acordo com o CBO, as atividades profissionais mais afetadas são aquelas à curta distância dos olhos, ou seja, ações que exigem estereopsia, uso dos dois olhos ou clara noção de profundidade. Alguns exemplos são barbeiro, esteticista, mecânico, costureiro, cirurgião, piloto aéreo, motorista de ônibus e maquinista. Segundo a Associação Brasileira dos Deficientes com Visão Monocular (ABDVM), o paciente precisa se adaptar ao problema. Na maioria das vezes, a rotina não muda, mas alguns indivíduos relatam problemas visuais persistentes, outros problemas no emprego, ansiedade ou baixa autoestima.
Existe tratamento
A visão monocular é definitiva na maioria das vezes, mas pode ser curada apenas nos casos de cegueira reversível (catarata, opacidade da córnea, tracoma e até mesmo o deslocamento da retina, quando operado com urgência). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% dos casos de cegueira no mundo são tratáveis. O Instituto de Olhos Clovis Paiva, localizado na Boa Vista, Centro do Recife, reforça a importância da consulta regular ao oftalmologista, uma das melhores formas de prevenção.
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