A diplopia é a condição em que uma pessoa enxerga duas imagens de um único objeto. É como olhar a imagem de uma televisão com o conhecido efeito fantasma. Em geral, cada olho produz uma imagem dos objetos, mas o cérebro as une e as vê como se fossem uma só. No caso da visão dupla, como também é conhecida, o processo não acontece dessa forma – ao contrário – o cérebro não consegue reunir as imagens e as vê como duplas.
Para que esse mecanismo dos olhos funcione sem alterações, a luz que entra pela córnea – membrana transparente, localizada na frente da íris – deve formar a imagem na retina. “Quem enxerga não é o olho, mas o cérebro, que forma as imagens e determina relações com a memória, permitindo a identificação do objeto que está sendo visto, um copo, um cachorro ou uma pessoa. Simplificando, abrir os olhos e focalizar uma imagem é algo tão natural que não é percebido”, explica o oftalmologista Fernando Paiva.
Causas da visão dupla
Em algumas situações, esse distúrbio é relativamente leve; em outras, é necessário procurar um oftalmologista com urgência. De acordo com Paiva, problemas com a córnea podem causar a visão dupla em apenas um olho. Ao cobrir o olho afetado, o desconforto pode sumir. “A superfície danificada do olho distorce a luz recebida, causando diplopia. Os danos podem acontecer de várias maneiras, como infecções ou complicações raras em cirurgias”, observa.
Ainda de acordo com o oftalmologista do Instituto de Olhos Clóvis Paiva, a catarata é a doença que mais provoca a visão dupla. ”Uma cirurgia corrige a catarata e elimina o problema de visão dupla”, indica. Os músculos extraoculares quando enfraquecidos, também provocam a visão dupla. ”Quando isso acontece, o olho não pode se mover suavemente. Ao enxergar em direções controladas pelo músculo, a probabilidade para o surgimento do problema é alta, e para tratar a visão dupla, é importante conhecer a causa”, completa.
Com informações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia – Revista Veja Bem | Número 8